terça-feira, 9 de novembro de 2010

Origens..

Segundo a documentação existente, Colombo provinha de uma família de tecelões e queijeiros. Apesar dessa origem simples, Colombo teria bons conhecimentos de várias línguas (como o latim e o hebraico), de matemática, de cosmografia, de geometria, além de conhecer todos os instrumentos de marinha e navegação, a ponto de ter sido considerado por alguns como o mais instruído homem do mar em toda a Espanha.
Alguns historiadores têm procurado demonstrar que o navegador mentia propositadamente a Castela para ajudar Portuga, e que tinha a ajuda de Américo Vespúcio nessa missão.
De facto, desde 1915 que em Portugal se reivindica da naturalidade portuguesa do primeiro Almirante das Índias de Castela. Foi numa conferência apresentada nesse ano à Academia das Ciências que Patrocínio Ribeiro defendeu a hipótese de ser natural de Portugal. A origem desta hipótese foi uma reacção à prelecção feita em 1914 por D. Enrique de Arribas y Turull na Sociedade de Geografia de Lisboa onde o conferencista afirmara que Colombo era galego, baseando-se para o efeito em documentos pretensamente encontrados em Pontevedra por Celso García de la Riega, documentação essa que, em 1917, Eladio Oviedo Arce demonstrou ser falsa.
Em 1927, já postumamente, o artigo de Ribeiro é reeditado com acrescentos e alterações nele se concluindo que Colombo é natural de Colos no Alentejo e que o seu verdadeiro nome é Cristóvão de Colos. Este mesmo livro inclui um estudo cabalístico da assinatura de Colombo feito pelo médico Barbosa Soeiro, estudo esse que, não trazendo nada de substancial à discussão, abre o caminho para outro tipo de abordagens dentro desta linha de argumentação. Nesse mesmo ano também é publicado um pequeno estudo de Moses B. Amzalak sobre a assinatura do navegador, no qual, em vez de nela procurar significados a partir do latim ou do grego como os anteriores, busca no hebraico forma de a decifrar e assim saber quem realmente era Cristóvão Colombo. No ano seguinte aparece um novo livro defendendo a ideia dum Colombo português: Pestana Júnior recusa a explicação de Ribeiro argumentando e pretendendo demonstrar por uma complexa interpretação da assinatura de Colombo que o Almirante, sendo português, é, na realidade, Simão Palha. Muitos outros autores foram contribuindo com diferentes e, frequentemente, contraditórias ideias em defesa da naturalidade portuguesa do descobridor do Novo Mundo. G. L. dos Santos Ferreira e António Ferreira de Serpa apresentam Cristóvão Colombo como Salvador Gonçalves Zarco, filho ilegítimo do Duque de Viseu e de uma filha de João Gonçalves Zarco, sendo que mais recentemente há autores dizendo-o de Cuba, no Alentejo, e que o seu nome é Salvador Fernandes Zarco, como é sustentado por Mascarenhas Barreto. Esta última ideia foi popularizada entre o grande público pelo romancista José Rodrigues dos Santos.

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